Todo mundo já deve ter ouvido a frase “Cuidado com o colesterol alto”. Os níveis de colesterol aumentam à medida que homens e mulheres vão envelhecendo. Antes da menopausa, as mulheres têm níveis de colesterol mais baixos, quando comparadas a homens da mesma idade. Devido à falta da proteção hormonal, depois da menopausa os níveis costumam aumentar. Em pessoas acima dos 60 anos, colesterol alto, hipertensão, diabetes, sedentarismo e má alimentação estão diretamente ligados ao risco de doenças cardiovasculares. Estresse, raiva e depressão podem contribuir para o problema.
Colesterol alto é uma condição de saúde perigosa, pois está associada a um risco maior de problemas no coração. Colesterol alto em idosos é bem mais perigoso. Como não apresenta sintomas, um idoso pode estar com o nível de colesterol alto e não saber. Como sua condição física mais fragilizada pode agravar os problemas, é importante que idosos tenham acompanhamento médico constante, com exames regulares, para evitar problemas como a arteriosclerose. Nessa doença, gordura e colesterol se depositam nas paredes das artérias, podendo gerar dor no peito e ataque cardíaco.
O colesterol é um tipo de gordura que o corpo necessita para funcionar adequadamente, pois ele produz hormônios, fabrica vitamina D, transporta gorduras do intestino para o fígado, músculos e tecido adiposo. Também auxilia no crescimento e regeneração celular, além de ajudar na digestão. O colesterol produzido pelo nosso próprio corpo através do fígado é capaz de suprir quase toda necessidade do organismo. O restante vem dos alimentos. Alimentos ricos em colesterol, quando combinados em excesso, podem fazer os níveis subirem. E até alimentos considerados saudáveis e sem colesterol, podem conter gorduras que aumentam a produção feita pelo corpo.
Existem dois tipos de colesterol o bom e o ruim. O bom é o colesterol HDL, que limpa o organismo e diminui o risco de ataques cardíacos. O colesterol LDL é considerado ruim porque entope as artérias, provocando a arteriosclerose, infartos e derrames cerebrais.
Além da alimentação, o que pode gerar colesterol alto em idosos são fatores genéticos, que influenciam a maneira como seu corpo lida com o colesterol. Estar acima do peso, falta de atividade física e problemas de saúde como diabetes, doenças renais, doenças do fígado, além da própria idade elevada, podem causar aumento dos níveis do colesterol ruim.
Para resolver o problema de colesterol alto em idosos, é indicado controle da alimentação e mudança do estilo de vida. Dieta com baixo teor de colesterol, remédios, exercícios físicos são recomendados, além de alguns idosos terem que emagrecer, deixar de fumar e manter constante acompanhamento médico.
Os maiores vilões que aumentam o colesterol ruim são frituras, gema de ovo, queijos amarelos, maionese, chocolate, requeijão e embutidos em geral. Já alimentos como frango sem pele, peixe sem pele e presunto magro, por exemplo, podem ser consumidos com moderação. Leite desnatado, frutas cítricas, sucos, legumes, ricota, proteína de soja, quitosana (fibra derivada dos crustáceos) e ômega-3 podem ser consumidos à vontade.
Controle a ingestão de açúcares, álcool e sal. Dê preferência a aves e peixes, laticínios desnatados, cereais integrais, verduras e frutas. Beba bastante água e pratique atividades físicas regularmente. Cheque o seu colesterol regularmente, pois pessoas magras também possam ter taxas elevadas. E pare de fumar, pois o cigarro aumenta os níveis de colesterol LDL e reduz os níveis de HDL. Para a prevenção ou reabilitação física de idosos com colesterol alto, o programa de exercícios deve incluir caminhadas, hidroginástica e se possível, ciclismo e natação. Além de alimentação melhor e prática de atividade física regular, muitas vezes são indicados medicamentos de uso contínuo.