Infarto em idoso

Ao longo da vida, com a idade, o corpo passa por grandes mudanças no metabolismo, deixando o indivíduo cada vez mais fragilizado. O sistema cardiovascular é um dos que mais sofrem alterações, tornando-se a maior causa de mortalidade em idosos, sendo que a obstrução das coronárias causa algo em torno de 70 a 80% das mortes e a insuficiência cardíaca é apontada como a principal causa de internação de idosos.

O diagnóstico de doenças do coração nos idosos precisa ser feito com cuidado, pois alguns sintomas podem ser confundidos com outras doenças. A avaliação clínica deve ser realizada com atenção, já que com o tempo o indivíduo tende a se acostumar com sinais e sintomas que podem representar a fase inicial de uma doença, mas que frequentemente pode ser confundida com um estado normal da velhice.

Tabagismo, colesterol alto, sedentarismo, diabetes, hipertensão arterial, obesidade, estresse e depressão são os maiores fatores de risco para o infarto em idosos.

Os sintomas de infarto em idosos são suor em excesso, falta de ar, palidez, alteração nos batimentos cardíacos e desconforto no peito, que pode expandir para as costas, mandíbula, braço esquerdo e braço direito. A dor costuma ser intensa e prolongada, acompanhada de sensação de peso ou aperto sobre o tórax. Também pode aparecer dor localizada no abdome, podendo ser confundida com gastrite ou esofagite de refluxo.

O infarto é uma emergência médica. Metade das mortes ocorre nas primeiras horas após o início dos sintomas. Quanto mais rápido o tratamento, menor será o dano ao miocárdio. Em caso de suspeita, chamar imediatamente um serviço de emergência. Na fase mais crítica e grave do infarto agudo a angioplastia é a melhor opção para qualquer idade, principalmente para os idosos. Esse tratamento, no momento do infarto, diminui o risco de morte de 40% para menos que 5%, principalmente quando o paciente é atendido nas primeiras 2 horas do início da dor no peito.

Há algumas complicações comuns do infarto, como arritmias cardíacas (alterações do ritmo cardíaco) são muito frequentes na ocorrência do infarto e metade dos pacientes morre antes de chegar ao serviço de saúde. Quanto mais extensa a área do infarto, maior a chance de ocorrer insuficiência cardíaca (enfraquecimento do músculo cardíaco), quando o coração não consegue bombear o sangue para o corpo.

O efeito benéfico dos exercícios em idosos é evidente em vários casos relatados. Um pouco de exercício físico feito regularmente pode prevenir e proteger os idosos de doenças cardiovasculares, entre outros males. Além disso, pessoas acima dos 75 anos, mesmo aquelas que sofrem de alguma doença crônica, podem viver até cinco anos mais se adotarem hábitos saudáveis, entre eles, essas pequenas atividades físicas, inclusive as realizadas nos momentos de lazer.

 

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