Ir ao médico e pedir para fazer um check-up da saúde é importante em todas as idades. Quando se trata de pessoas idosas, os cuidados são fundamentais, pois prevenir doenças é sinônimo de busca por mais qualidade de vida. As consultas médicas e alguns exames de rotina previnem doenças em idosos, já que algumas são mais frequentes nesse grupo e o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura ou controle.
Antes de definir a frequência e quais exames em idosos serão feitos, os médicos fazem uma avaliação individual de cada idoso, considerando idade, predisposição genética, estado de saúde atual e histórico do paciente.
Qual o momento certo de passar do clínico geral para o geriatra? Para as mulheres, o ideal é fazer a troca assim que a menopausa acontecer, por volta dos 55 anos. Para os homens, a indicação é a partir dos 60, com no mínimo uma ida anual ao consultório, ou três idas, caso tenha algum problema de saúde. O médico geriatra orienta na prevenção de quedas, cobra visitas à outros especialistas, verifica a carteira de vacinação do idoso e monitora a alimentação do idoso.
Os exames de rotina em idosos controlam doenças crônicas e previnem outras comuns na idade, como câncer de mama, câncer de próstata, osteoporose, entre outras. Um bom exemplo de doença que deve ser controlada através de exames de rotina é o colesterol alto em idosos. Muito comum na terceira idade, o colesterol alto aumenta o risco cardíaco e os exames ajudam a controlar a taxa de gordura no sangue, feita através de remédios, alimentação orientada e exercícios.
Entre os exames de sangue em idosos, o hemograma é o mais comum. Rápido e simples, deve ser feito uma vez por ano, a partir dos 60 anos. Detecta diversos problemas de saúde, como: falta de vitaminas e ferro, anemia, infecções e número de glóbulos brancos. Quando o hemograma acusa anemia, o médico solicita outros exames para identificar a causa. A anemia em idosos é um problema frequente que afeta a qualidade de vida, aumentando risco de quedas e fraturas.
Outras informações coletadas a partir do hemograma são: creatinina (funções do rim); transaminases (fígado); albumina (nutrição do organismo); colesterol alto (LDL ruim e o HDL bom), que aumenta o risco de problemas cardíacos; e o perfil lipídico (gordura no sangue), que revela se há ou não risco para arteriosclerose, AVC, hipertensão arterial ou outras doenças cardiovasculares. Dependendo da quantidade e do tipo de gordura, o médico orientará um tratamento medicamentoso e mudanças de estilo de vida do idoso. Outro exame importante é o TSH, que verifica os hormônios que controlam a tireoide (dosagem da creatinina, rins). O nível baixo do TSH indica hipertireoidismo e o nível alto de TSH, hipotireoidismo.
A glicemia de jejum mede a taxa de glicose no sangue. A dosagem da glicose pode identificar precocemente uma eventual tendência a apresentar diabetes em idosos. Pessoas que têm predisposição genética e outros fatores de risco precisam fazer o exame com maior frequência. O exame que verifica o nível da pressão arterial do idoso indica possíveis alterações (alta ou baixa). A pressão arterial é determinada pelo volume de sangue que sai do coração e a resistência que ele encontra para circular no corpo. A pressão baixa não preocupa tanto os médicos, porém, quando muito baixa, provoca sonolência, tontura, desmaio e até a morte.
O Eletrocardiograma também costuma ser um exame de rotina de idosos e o Ecocardiograma com Doppler, que serve para avaliar a estrutura anatômica do coração e confirmar ou descartar alterações nas válvulas cardíacas, que, nos idosos, geralmente provêm de doenças degenerativas. Radiografia simples da coluna lombar: Teste para descartar metástases ósseas de neoplasias de mama, próstata ou pulmão. Deve ser realizado em pacientes com queixas de dores. É feito por raio X da coluna. E a Radiografia de tórax, solicitada em fumantes, para avaliar os pulmões e rastrear câncer e pneumonia. O Ultrassom de abdômen também é indicado para fumantes e detecta aneurisma de aorta.
A densitometria óssea em idosos deve ser realizada na mulher a cada dois anos, após a menopausa, e em homens a partir dos 60 anos, para prevenir a osteoporose. A colonoscopia detecta câncer nos intestinos e deve ser feita uma vez por ano a partir dos 50 anos. Se tiver casos na família, é indicado fazer o primeiro exame aos 40 anos. O câncer no intestino grosso também pode ser detectado por um exame chamado pesquisa de sangue oculto nas fezes, já que cânceres e pólipos instalados no intestino podem sangrar em pequenas quantidades, invisíveis a olho nu. Pacientes idosos com casos de câncer na família devem repetir o exame de cinco em cinco anos, os demais devem repetir a cada 10 anos.
O teste de esforço em idosos mede a capacidade cardíaca e verifica a existência de doenças cardiovasculares, como aterosclerose e hipertensão, por meio de exercícios físicos na esteira ou na bicicleta ergométrica. A partir dos 60, é fundamental para quem pretende começar uma atividade física.