Ligada ao tabagismo, a DPOC ou doença pulmonar obstrutiva crônica, afeta principalmente os idosos. Começa de maneira lenta, com uma discreta falta de ar que o idoso sente ao fazer esforço físico. Com o tempo, essa falta de ar vai se agravando, surgindo mesmo em repouso. Sem um tratamento adequado, a doença pulmonar no idoso pode se agravar, comprometendo a qualidade de vida do idoso.
Os idosos com DPOC grave costumam ser internados com muita frequência. Entre as complicações dessa doença estão arritmia, necessidade de respirar por máquina e oxigenoterapia, insuficiência cardíaca, inchaço do coração, pneumonia, pneumotórax, perda de peso, desnutrição grave e osteoporose. A maioria dos idosos com DPOC apresentam duas doenças ao mesmo tempo: bronquite crônica e enfisema pulmonar. A bronquite crônica é caracterizada por uma tosse prolongada com muco, já o enfisema pulmonar envolve a destruição dos pulmões ao longo do tempo.
A maior causa da doença pulmonar crônica é o tabagismo. A fumaça inalada por fumantes ativos ou passivos leva à inflamação pulmonar, causando obstrução dos brônquios e destruição dos alvéolos responsáveis pelas trocas gasosas. Se a pessoa parar de fumar antes de apresentar perda da função pulmonar, é possível que não venha a apresentar os sintomas da doença. Caso já tenha desenvolvido a DPOC, a doença poderá estabilizar após a retirada do cigarro e o tratamento correto. Pessoas que nunca fumaram, mas estiveram expostas a substâncias tóxicas, poluição, gases ou fumaça também podem desenvolver a doença, devido à resposta inflamatória dos pulmões à longa exposição desses poluentes.
A maioria das pessoas tem entre 35 a 40 anos quando os sintomas começam, e a DPOC demora cerca de 20 anos para se instalar por completo no organismo. Por isso as pessoas acreditam ser uma doença de idoso. O diagnóstico precoce é fundamental para impedir avanço da doença e maior eficácia do tratamento. Existe tratamento para todos os estágios da doença, onde sintomas são controlados e riscos são reduzidos. Somente um médico pode dizer qual o estágio da doença. O medicamento mais indicado e a duração do tratamento.
Idosos com DPOC são mais suscetíveis a resfriados, gripes e pneumonia. Qualquer infecção respiratória pode tornar a respiração muito mais difícil e produzir mais danos ao tecido pulmonar. O ideal é tomar a vacina contra a gripe que ajuda a prevenir infecções. Outras complicações que costumam aparecer em idosos com doenças pulmonares são: pressão arterial elevada, problemas cardíacos, câncer de pulmão e depressão. A dificuldade de respirar pode impedir que o idoso execute atividades que goste, gerando isolamento social e depressão.
Embora a doença pulmonar obstrutiva crônica no idoso seja incurável, é tratável e evitável. Porém, a partir do diagnóstico, o idoso fica refém de medicamentos e tratamentos para o resto da vida. A reabilitação pulmonar do idoso auxilia na respiração de uma maneira diferente, melhorando a capacidade e aumentando o consumo de oxigênio.
Para idosos com doença pulmonar crônica, além das limitações físicas na execução das atividades cotidianas, a doença pode causar distúrbios nas relações afetivas, pois torna os idosos mais debilitados e dependentes de seus familiares, gerando um sentimento de incapacidade, diminuindo autoestima e impactando a qualidade de vida do idoso.
Os benefícios da fisioterapia para idosos com doença pulmonar crônica incluem melhoria na qualidade de vida do idoso, tolerância ao exercício, redução da ansiedade, alívio da depressão, da falta de ar e de outros sintomas associados. O programa de exercícios é composto por treinamento muscular com braços e pernas, que melhoram a função respiratória do idoso, trazendo melhora imediata da saúde do idoso.