Derrame pleural também conhecido como água na pleura ou água no pulmão é quando ocorre um acúmulo anormal de líquidos na pleura, que é uma fina membrana que envolve o pulmão. O derrame pleural não é uma doença e sim, um sintoma. Quando ocorre o diagnóstico, há de se investigar e tratar a causa.
Os sintomas de água na pleura são variados, dependendo da doença que o causou. Por esse motivo, é comum haver certa demora no diagnóstico, o que pode agravar o quadro, principalmente em se tratando de derrame pleural em idosos. Os mais comuns sintomas de derrame pleural são a falta de ar, mesmo em repouso, extremo cansaço na realização de esforços, dor aguda ao respirar e, em casos mais graves, elevação entre as costelas.
Outros sintomas variam conforme a doença causadora do derrame pleural, como febre e tosse, em caso de pneumonia, tosse com sangue, devido ao câncer de pulmão, ascite devido à cirrose, pernas inchadas em caso de insuficiência cardíaca, e assim por diante.
Assim como a meninge é a membrana que envolve o cérebro e o pericárdio é a membrana que envolve o coração, a pleura é a membrana que envolve os pulmões. Essa pleura é composta por duas camadas, a pleura visceral e a pleura parietal. A pleura visceral é a camada interior que fica colada ao pulmão. A pleura parietal é a camada externa que fica ao redor dos pulmões.
Existe um espaço bem pequeno entre essas duas camadas de pleura, chamado de cavidade pleural ou espaço pleural, onde fica uma quantidade mínima de líquido, o líquido pleural. Esse líquido atua como lubrificante para evitar o atrito entre essas duas camadas de pleura, durante a respiração. O derrame pleural ocorre quando há grande retenção de líquido nesse espaço pleural, rompendo as membranas, gerando a água no pulmão.
Um exame físico bem feito e avaliação do histórico clínico são capazes de indicar a presença do derrame pleural. O diagnóstico também pode ser feito com radiografia de tórax, tomografia computadorizada e ultrassonografia.
O derrame pleural em idosos é uma situação potencialmente grave, podendo evoluir para outras doenças, levando eventualmente ao óbito. Quando se forma rapidamente os sintomas são mais evidentes, mas quando ocorre formação lenta, pode passar despercebido durante certo tempo, levando a diagnóstico tardio e outras complicações.
As principais causas para o derrame pleural em idosos são cirurgia cardíaca, pneumonia, tuberculose, câncer, insuficiência renal ou hepática, entre outras. Os casos são divididos em três grupos: agudos, crônicos e de altitudes elevadas. Em todos eles há boas chances de cura quando tratados com efetividade.
O tratamento do derrame pleural em idosos varia de acordo com a doença que o provocou, como pneumonia ou doença cardíaca, por exemplo. Geralmente é feito através de medicação, com internação hospitalar, fisioterapia respiratória e descanso. Porém, alguns casos exigem cirurgia ou colocação de drenos no tórax. A fisioterapia respiratória é fundamental no tratamento da água na pleura e deve ser feita desde o início, pois diminui os sintomas dolorosos e aumenta a capacidade respiratória. Também há outras formas de tratamento de derrame pleural, como antibióticos em caso de infecção, hemodiálise para insuficiência renal, imunossupressores em caso de doenças autoimunes e etc.
Para prevenção do derrame pleural é indicado a adoção de atitudes saudáveis como alimentação adequada, prática de exercícios físicos, proibição do fumo e redução do consumo de bebidas alcoólicas. A adoção de hábitos higiênicos ajuda a combater a proliferação de vírus, fungos e bactérias, evitando, assim, a contaminação das pessoas e os derrames pleurais causados por infecções.