A chegada do inverno pode não ser muito agradável à algumas pessoas mais sensíveis, como os idosos. Principalmente porque junto com o frio aparecem sintomas de alergia respiratória. Alergia é uma reação de defesa do organismo à substâncias normalmente inofensivas. Quando a alergia afeta o sistema respiratório, chamamos de alergia respiratória. Considerada sem importância e até confundida com gripes e resfriados, na realidade as alergias respiratórias em idosos podem causar complicações, gerando necessidade de internação hospitalar.
Acredita-se que as doenças alérgicas são causados por herança genética e fatores ambientais, como as baixas temperaturas. Existem outros variados fatores causadores das alergias respiratórias nos idosos, como envelhecimento natural, tabagismo ativo e passivo, exposição à alérgicos como pó caseiro, pólens, pêlo e saliva de animais, alguns alimentos, látex, alteração emocional, medicamentos e poluição, entre outros.
Os sintomas mais comuns da alergia respiratória em idosos são tosse, coriza, aperto no peito, chiado, falta de ar, coceira, inflamação de ambos os olhos, erupções, dor de cabeça, fadiga, cansaço, dores no corpo, sono perturbado e falta de concentração.
É muito comum pessoas alérgicas serem sensíveis a mais de uma substância ao mesmo tempo. Entre as alergias respiratórias mais comuns, estão a rinite alérgica e a asma, que podem ocorrer juntas ou separadas. Rinite alérgica é uma doença alérgica no nariz, já a asma, também conhecida como bronquite, bronquite asmática ou bronquite alérgica, é uma doença que atinge os pulmões e vias aéreas, causando inflamação na região.
O diagnóstico é feito através de entrevista entre o médico e o paciente, mais exame físico, além de testes de pele e de sangue. No caso da rinite, podem ser feitos testes cutâneos e de sangue. Nos casos de asma, o médico também pode fazer a solicitação de exames específicos, como o teste de função pulmonar, radiografia do tórax e testes cutâneos, em função da forte ligação entre alergia e asma.
Medicação adequada também contribui para o alívio dos sintomas e controle da doença a longo prazo. As alergias respiratórias não têm uma cura definitiva. A indicação melhor é usar soro fisiológico para lavar as narinas. Os anti-histamínicos podem controlar e minimizar os sintomas da alergia, mas também há a possibilidade de tratamento com vacinas que amenizam os sintomas, diminuindo a sensibilidade aos alérgenos.
O tratamento não é diferente no caso da alergia respiratória nos idosos, recorrendo-se aos mesmos remédios. Quando se trata da asma, os remédios inalados são mais eficazes e de efeito mais rápido, provocando menores efeitos colaterais do que alguns xaropes e comprimidos, já que atuam diretamente sobre as vias respiratórias, afetadas pela doença. Este tipo de medicação é liberado para uso nos idosos, mesmo naqueles que tenham outros problemas de saúde, como por exemplo hipertensão arterial ou diabetes. Mas só deve ser feita sob orientação do médico especialista.
É preciso ir além do uso de remédios no tratamento da alergia respiratório dos idosos, como conhecer os fatores que podem agravar o problema e procurar controlá-los. A prevenção é a chave para controlar a alergia. Medidas simples de controle ambiental na casa do alérgico podem resultar em grande melhora na qualidade de vida. Conviver com estas doenças fica bem mais fácil quando se aprende a prevenir e a controlá-las.
Pessoas idosas costumam permanecer mais tempo dentro de casa, por isso é fundamental o combate aos ácaros da poeira, mantendo a casa limpa e arejada. Encapar travesseiros e colchões, retirando tapetes e cortinas pesadas, evitando o acúmulo de poeira. Não fumar e nem permitir que fumem perto ao alérgico. É importante também manter em dia a vacinação do idoso, contra a gripe.
Embora não exista cura para alergias, uma destas estratégias ou a combinação delas poderá dar graus variados de alívio aos sintomas alérgicos.